Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Caso Chiarello: laudos tem conclusões diferentes

De acordo com o advogado da família do vereador, Sérgio Martins de Quadros, o segundo laudo aponta nesse sentido pois não foram encontradas evidências de luta corporal e outros elementos que indicassem o homicídio. A tese é que o vereador teria se apoiado na cama para se enforcar.

-Esse laudo foi arranjado- acusou, atribuindo a influência de interesses políticos. –Da forma que está o inquérito será arquivado- avaliou.

Martins de Quadros disse que o primeiro laudo tem evidências de descartam o suicídio, como o sangue que escorreu na horizontal.

- Ele teria que ter se enforcado no chão e depois se pendurado- argumentou.

Ele acredita que o vereador foi morto, amarrado no chão e depois pendurado, pois havia dois sulcos no pescoço do vereador, a fita era menor que a circunferência do pescoço e o nó era firme.

– O nó foi feito por profissionais e o crime tem técnicas militares- avaliou o advogado.

Ele cogita que especialistas atuaram na morte de Chiarello. Ele afirmou que o vereador não tinha motivo para cometer suicídio e, na sexta-feira anterior ao crime, ocorrido numa segunda-feira, tinha conversado com Chiarello sobre novas denúncias de uso da máquina pública em favor pessoal, suspeita de fraude nas planilhas de transporte coletivo e o encaminhamento de um pedido de impeachmeant contra o vereador Dalmir Pelicioli (PSD), alvo de denúncias de improbidade administrativa que resultaram no seu afastamento do cargo de superintende da Prefeitura no bairro Efapi.

O presidente estadual do PT, José Fritsch, também contesta a tese de suicídio.

–O que vale é o primeiro laudo o resto é manipulação- declarou. Fritsch disse que há indícios de homicídio como lesão na cabeça e no nariz e sangue nas costas do vereador.

Fritsch reclamou do segredo de justiça no inquérito. –É uma vergonha, não pode ter segredo de justiça num caso deses- afirmou. O PT deve pedir que um promotor de justiça acompanhe o caso.




>> Ausência de ligações no celular será argumento para federalização




Diretor do IML diz que laudo é técnico e IGP é isento de política

O Diretor do Instituto Geral de Perícias José Maurício da Costa Ortiga rebateu que o advogado da família de Chiarello está sendo pago para contestar as informações. –Ele diz o que quer mas a verdade é uma só- declarou. Ele destacou que a elaboração do laudo leva em conta os fatos, pois foram realizados exames de DNA, e todo o trabalho foi técnico. –O IGP é isento de política- afirmou. Ele não vê problema que o primeiro laudo apontou indícios de homicídio e a avaliação de outros peritos tenha sido por suicídio.

- Já pensou se todo mundo torcesse pro Flamengo- comparou.

O diretor do IML só aguarda a liberação do segredo de justiça para fornecer as informações. O delegado que preside o inquérito, Ronaldo Neckel Moretto, já solicitou a quebra do sigilo para a justiça.

Ortiga não disse abertamente que o laudo aponta para suicídio mas chegou a declarar “que todo mundo já sabe” e que o delegado Geral Aldo Pinheiro D’Ávila já teria dado declarações nesse sentido.

Ávila negou que tenha confirmado que o laudo do IGP tenha concluído pelo suicídio.

– Não disse que foi homicídio nem suicídio pois não vi esse segundo laudo- afirmou.

O delegado geral afirmou que isso será apontado pelos delegados responsáveis pelo caso. –Os laudos mais a investigação é que vão definir- explicou. Ele também rebateu as críticas do PT e do advogado da família afirmando que o inquérito policial é neutro.




Linha do tempo

25 de novembro: Marcelino liga para o suplente Euclides Silva dizendo que vai renunciar ao mandato.




26 de novembro: Marcelino vai na casa do deputado federal Pedro Uczai, diz que vai renunciar e afirma que está sendo ameaçado.




27 de novembro: Marcelino passa o final da tarde e o início da noite na área da casa, com a mulher e o filho.




28 de novembro: Vereador dá apenas três aulas na escola Pedro Maciel, vai para casa e é encontrado morto no final da manhã. Tese inicial é de suicídio mas polícia afirma que é homicídio.




29 de novembro: Vereador é enterrado no cemitério Jardim do Éden, centenas de pessoas prestam homenagem.




30 de novembro: advogado criminalista Luiz Eduardo Greenhalgh vai a Chapecó para acompanhar o caso. Vereador Dalmir Pelicioli (PSD), afastado da superintendência da Efapi por denúncias que teriam Chiarello como um dos autores, dá coletiva dizendo que não tem nada a ver com o crime. Alunos da Escola Pedro Maciel colam cartazes em homenagem ao professor.




1 de dezembro: Greenhalgh tem encontro com autoridades de Segurança Pública em Florianópolis. Polícia diz que crime está ligado á vida pública do vereador.




2 de dezembro: Perícia complementar é realizada na casa do vereador




3 de dezembro: Diretório do PT dá coletiva onde anuncia ação contra o Estado por vazamento de fotos do vereador. PM apreende computadores que teriam vazado as fotos.




5 de dezembro: Ato público por Justiça e Cidadania reúne entre duas e três mil pessoas.




6 de dezembro: MP anuncia que já tem roteiro do vereador entre a escola e sua casa.




19 de dezembro: Entidades fazem vigília em frente à Delegacia Regional de Polícia pedindo agilidade no caso.




28 de dezembro: Celebração em frente à Catedral Santo Antônio lembra um mês da morte do vereador.




3 a 13 de janeiro: Vigília no Salão Paroquial da Comunidade Santo Antônio, com celebrações todas as noites.




9 de janeiro: Polícia Civil pede prorrogação para conclusão do inquérito.




19 de janeiro: Delegado Ronaldo Neckel Moretto afirma que não pode passar informações pois o inquérito está sob segredo de justiça.




20 de janeiro: Lideranças do PT e o advogado criminalista Luiz Eduardo Greenhalgh realizam audiência com o secretário de Segurança Pública e Defesa do Cidadão César Grubba pedindo empenho no caso e conclusão dos laudos.




27 de janeiro: Diário Catarinense tem acesso ao laudo do médico legista Antonio De Marco onde as causas da morte são apontadas como traumatismo crânio-encefálico e asfixia mecânica. Delegado de Chapecó, José Augusto Brandão, informa que polícia vai pedir nova avaliação do exame cadavérico pois considera o laudo inconclusivo.




3 de fevereiro: Caminhada na Avenida Getúlio Vargas e ato ecumênico na Praça Coronel Bertaso pede esclarecimento do caso Chiarello.




9 de fevereiro: Polícia Civil solicita nova prorrogação do inquérito.




10 de fevereiro: Deputados Pedro Uczai , Luciane Carminatti e Dirceu Dresch realizam audiência com o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, para solicitar a federalização das investigações do caso Chiarello
Disponível em:http://wp.clicrbs.com.br/chapeco/2012/02/15/caso-chiarello-laudos-tem-conclusoes-diferentes/?topo=77,2,18. Acesso em: 15/02/12



Opinião do blogueiro (amigo de Chiarello): Tem gente poderosa interferindo no trabalho da Polícia e do IGP sim. Foi homicídio, e mais, estes disparates na investigação, apontam para homicídio com motivação política.

Nenhum comentário:

Postar um comentário