Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo a todos (as)

Foi um ano bom do ponto de vista financeiro. Com a economia brasileira aquecida, foi um ano em não posso reclamar das finanças (dinheiro nunca é demais, mas para mim que sempre tive pouco, esse ano foi bom).
Mas do ponto de vista emocional, o blogueiro teve problemas esse ano. Tia com doença grave, primo falecendo em acidente de trânsito, morte do amigo vereador e professor Marcelino, questões familiares ligadas ao alcoolismo. Mas foi um ano bom. Tem muitos prós. Essas tragédias do destino nos ajudam a sermos pessoas melhores, prontas para construir um mundo melhor.
O novo ano só não vai ser melhor porque o Governador Colombo já nos deu uma péssima notícia de Natal: não vai cumprir os acordos de greve, vai dar 6% de reajuste aos professores e não vai recompor a regência. O que ele quer com isso? Greve, na certa, e maior que a desse ano.
Aos leitores, um abraço. E um ano de 2012 bem melhor

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Desaparecido (para descontrair)


Disponível em:http://www.rodrigovianna.com.br/wp-content/uploads/2011/12/Neymar.jpg. Acesso em:27/12/2011












Comentário do blogueiro: Acho Neymar bom jogador. Mas isso. Não a solução dos problemas da Seleção Brasileira. Ele precisa evoluir taticamente. E se quisermos ganhar a Copa, Zagallo tem razão, Ronaldinho Gaúcho fora. Tem que montar um time.
Seleção ideal para mim(ou próxima da ideal):
Júlio César
Daniel Alves
David Luis (ou Dedé)
Thiago Silva
Marcelo
Sandro (Lucas Leiva reserva)
Elias (ou Ramires ou Luis Gustavo)
Hernanes (ou Diego Souza ou Fernandinho)talvez Lucas do São Paulo ( se evoluir)
Alex (do Corinthians) ou Paulo Henrique Ganso (se evoluir)
Neymar (briga por vaga com o Pato, Nilmar, Hulk)
Leandro Damião (briga com Fred, Nilmar, Hulk, Pato)

CPI da Privataria: deputados petistas dizem que vão apoiar a Comissão

Na última quarta-feira, dia 21, foi protocolado o requerimento para a instalação da CPI da Privataria, proposta pelo deputado Protógenes Queiróz (PCdoB/SP) e que obteve o apoio de mais de 180 parlamentares.

Apesar de desejada por grande parte da militância de esquerda, a CPI parece não ter sido recebida com o mesmo entusiasmo por parte do PT, partido que teve papel fundamental na crítica às privatizações, nos anos 90. Em entrevista coletiva, a presidenta Dilma Rousseff preferiu não se posicionar claramente sobre o tema. Já Cândido Vaccarezza, líder do Governo na Câmara, afirmou “não olhar para o retrovisor”.

Entretanto, o requerimento recebeu adesão de 67 deputados petistas, que foram fundamentais para se ultrapassar o número mínimo de 171 assinaturas para a instalação da CPI. A ausência de alguns nomes gerou inquietações em quem desejava maior adesão. Os 19 deputados que não assinaram foram os seguintes:

Arlindo Chinaglia (SP)
Benedita da Silva (RJ)
Candido Vaccarezza (SP)
Carlinhos Almeida (SP)
Dalva Figueiredo (AP)
Décio Lima (SC)
Edson Santos (RJ)
Gilmar Machado (MG)
Jesus Rodrigues (PI)
Jilmar Tatto (SP)
José Airton Cirilo (CE)
Marco Maia (RS)
Miguel Correa Júnior (MG)
Odair Cunha (MG)
Paulo Teixeira (SP)
Pedro Eugênio (PE)
Rui Costa (BA)
Sérgio Barradas Carneiro (BA)
Zeca Dirceu (PR)

O Escrevinhador tentou falar com todos os deputados do PT que não assinaram o requerimento. Apresentamos a seguir a justificativa daqueles que retornaram o contato.

Edson Santos (RJ)
Apesar de seu nome não constar na lista, o deputado carioca afirma ter assinado o requerimento e explica que provavelmente sua assinatura não foi reconhecida pela Mesa da Câmara. De acordo com o documento, houve sete assinaturas que “não conferem”.

Edson Santos declarou ao Escrevinhador: “as CPIs são um instrumento tradicional da oposição. Apesar de fazer parte da base do Governo, fiz questão de assinar esta CPI por entender que a mesma será importante para a necessária releitura histórica do episódio em questão. Quero que as informações apresentadas no livro de Amaury Ribeiro Jr. sejam publicamente esclarecidas para que, a partir do envio das conclusões da CPI à Justiça, os culpados por eventuais desvios possam ser devidamente responsabilizados”.

José Airton Cirilo (CE)
A assessoria de imprensa afirmou que o deputado desejava assinar o requerimento, mas não conseguiu devido a sua agenda. “A ausência da sua assinatura não impediu a criação da CPI, que é o mais importante. Ele também irá se empenhar e colaborar com a CPI no que for possível, com outras formas de contribuição.”

Marco Maia (RS)
Como presidente da Câmara, o petista não se posiciona sobre o tema. Em entrevista coletiva, ele afirmou que essa pode ser ”uma CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político, mas também terá o intuito de esclarecer os fatos e dar oportunidade para o contraditório”.

Paulo Teixeira (SP)
O líder do PT na Câmara preferiu não assinar o requerimento para “manter a neutralidade como líder de bancada, e evitar ver prejudicada a relação com outras legendas”. Nota de sua assessoria de imprensa afirma que, “enquanto parlamentar, teria assinado tranquilamente, no entanto, sua posição enquanto líder da bancada petista exigiu uma postura mais cautelosa” e que, “mesmo não assinando a CPI, o parlamentar garantiu que apoia as investigações”.
Disponível em:http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/cpi-da-privataria-deputados-petistas-dizem-que-vao-apoiar-a-comissao.html. Acesso em:27/12/2011

Brasil: sexta potência econômica do mundo

Mudanças no Ranking das Maiores Economias do Mundo

A todo instante, as mídias destacam a elevação do Brasil no ranking das maiores economias do mundo. O Brasil superou o Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), passando a ocupar a 6ª posição.
Esta mudança, segundo os especialistas da área econômica já era esperada mediante a crise que a Europa vem atravessando e o crescimento dos países emergentes (países subdesenvolvidos industrializados). E, em razão destes fatores, outras mudanças devem ocorrer nos próximos anos, fazendo com as novas posições (as atuais) também sejam alteradas.
Os países europeus vêm crescendo pouco em função, sobretudo, da crise econômica e financeira que estes estão passando (crise bancária de 2008). As previsões é que outros países europeus percam suas atuais posições em razão da situação vigente e as possíveis recessões a serem enfrentadas. A França, por exemplo, que ocupa – atualmente – a 5ª posição, em função da crise e a recessão econômica, deve cair - em 2020 - para a 9ª colocação.
Os países emergentes, por sua vez, vêm mantendo um crescimento econômico. Entre os países-membros do G5 (grupo dos cinco líderes dos países emergentes), que são o Brasil, China, Índia, México e África do Sul, os três primeiros figuram entre as dez maiores economias, sendo a China, a segunda maior economia (só perdendo para os EUA) e a Índia posicionada na 10ª colocação, além do Brasil na 6ª posição.
De acordo com os economistas, a crise por qual perpassa o continente europeu deve limitar a capacidade de crescimento dos países, o que possibilitará a projeção dos países emergentes, que vêm mantendo um ritmo de crescimento capaz de corresponder a estas previsões. Sendo assim, a Índia deve superar o Brasil no ranking e ocupar a 5ª posição, mas o nosso país deverá manter-se na atual colocação (6ª posição), uma vez que diante da crise europeia e os sérios riscos de uma recessão econômica, ele deverá ultrapassar a França.
A Rússia, país-membro da BRICS (países com maior destaque na área econômica, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deve sair da 9ª e ocupar a 4ª posição em 2020, superando – inclusive – o nosso país.
Torna-se importante ressaltar, aqui, que estes dados refletem o crescimento econômico dos países baseado no PIB nacional, isto é, a soma do valor de todos os serviços e bens produzidos no país. E, por isso, crescimento econômico não deve ser confundido com desenvolvimento, uma vez que este último reflete um incremento, sobretudo, na esfera social , em qualidade de vida (educação, saúde, habitação, transporte, limpeza urbana, segurança pública, redução da pobreza e da má distribuição de renda etc.).
Segundo o Centro de Pesquisa para Economia e Negócios, publicado no Jornal O Globo (27/12/2011, pag. 17 – Seção Economia), o ranking atual (2011) e o previsto para o ano de 2020 são, respectivamente:


2011


1º EUA
2º China
3º Japão
4º Alemanha
5º França
6º Brasil
7º Reino Unido
8º Itália
9º Rússia
10º Índia




2020


1º EUA
2º China
3º Japão
4º Rússia
5º Índia
6º Brasil
7º Alemanha
8º Reino Unido
9º França
10º Itália
Disponível em :http://marlivieira.blogspot.com/2011/12/mudancas-no-ranking-das-maiores.html. Acesso em: 27/12/2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um sucesso de vendas e um muro de silêncio- Artigo sobre a Privataria Tucana

Nota do blogueiro: É porque o assunto tem extrema relevância na história político-econômica recente do Brasil. Mas não deixaremos de acompanhar o caso Marcelino Chiarello. A propósito, vereador Agne, deliraste?


Por Maria Inês Nassif, na Carta Maior

O livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr., foi lançado há quatro dias e já é um fenômeno de vendas cercado por um muro de silêncio. Produto de doze anos de trabalho – e, sem dúvida, a mais completa investigação jornalística feita sobre o submundo da política neste século -, o livro consegue mapear o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado em torno do político tucano José Serra – ex-deputado, ex-senador, ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito e candidato duas vezes derrotado à Presidência da República. De quebra, coloca o PT em duas saias justas. A primeira delas é a constatação de que o partido, no primeiro ano de governo Lula, “afinou” diante do potencial de estrago da CPMI do Banestado, que pegou a lavanderia de vários esquemas que, se atingiam os tucanos, poderiam também resvalar para figuras petistas. O segundo mal-estar com o PT é o ultimo capítulo do livro, quando o autor conta a “arapongagem” interna da campanha do PT, que teria sido montada para derrubar o grupo ligado ao mineiro Fernando Pimentel da campanha da candidata Dilma Rousseff. Amaury aponta (como ele já disse antes) para o presidente do partido, Rui Falcão. Falcão já moveu um processo contra o jornalista por conta disso. O jornalista mantém a acusação.

Ao atirar para os dois lados, o livro-bomba do jornalista, um dos melhores repórteres investigativos do país, acabou conseguindo a façanha de ser ignorado pela mídia tradicional e igualmente pelo PT e pelo PSDB. O conteúdo de seu trabalho, todavia, continua sendo reproduzido fartamente por sites, blogs e redes sociais. Esgotado ontem nas livrarias, caminha para sua segunda edição. E já foi editado em e-book.

Os personagens do PSDB são conhecidos. O ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, aparece como o “engenheiro” de um esquema que operou bilhões de dólares durante as privatizações e os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. A mesma tecnologia financeira usada por Oliveira foi depois copiada pela filha de Serra, Verônica, e seu marido, Alexandre Burgeois. Gregório Marin Preciado surge também como membro atuante do esquema. Ele é casado com uma prima do tucano nascido na Móoca, ex-líder estudantil e cardeal tucano.

Embora esteja concentrado nesse grupo específico do tucanato – o empresário Daniel Dantas só aparece quando opera para o mesmo esquema -, o livro não poupa gregos, nem troianos. A documentação da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do Banestado, que forneceu os primeiros documentos sobre lavagem de dinheiro obtido ilegalmente das privatizações, é o pontapé inicial do novelo que se desenrola até as eleições presidenciais do ano passado. A comissão, provocada por denúncias feitas pela revista Isto É, em matéria assinada pelo próprio Ribeiro Jr. e por Sônia Filgueiras, recebeu da promotoria de Nova York, e foi obrigada a repassá-lo à Justiça de São Paulo, um CD com a movimentação de dinheiro de brasileiros feita pelo MTB Bank, de NY, fechado por comprovação de que lavava dinheiro do narcotráfico, do terrorismo e da corrupção, por meio de contas de um condomínio de doleiros sul-americanos.

O material era uma bomba, diz o jornalista, e provocou a “Operação Abafa” da comissão de inquérito, pelo seu potencial de constranger tanto tucanos, como petistas (a CPMI funcionou no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003).

Amaury Ribeiro conta de forma simples intrincadas operações de esfria/esquenta dinheiro ilegal – e, de quebra, dá uma clara ideia de como operava a “arapongagem tucana” a mando de Serra. Até o livro, as acusações de que Serra fazia dossiês para chantagear inimigos internos (do PSDB) e externos eram só folclore. No livro, ganham nome, endereço e telefone.

Nos próximo parágrafos, estão algumas das histórias contadas por Amaury Ribeiro Jr., com as fontes. Nada do que aponta deixa de ter uma comprovação documental, ou testemunhal. É um belo roteiro para a grande imprensa que, se não acusou até agora o lançamento do livro, poderia ao menos tomá-lo como exemplo para voltar a fazer jornalismo investigativo.

1. A arapongagem da turma do José Serra (pág. 25) – Quando ministro da Saúde do governo FHC, José Serra montou um núcleo de inteligência dentro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (a Gerência Geral da Secretaria de Segurança da Anvisa). O núcleo era comandado pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), também delegado. O grupo foi extinto quando a imprensa denunciou que o grupo bisbilhotava a vida dos funcionários. O funcionário da Agência Brasileira de Informações Luiz Fernandes Barcellos (agente Jardim) fazia parte do esquema. Também estava lá o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo de Graças Souza.

Este núcleo, mesmo desmontado oficialmente, teria sido usado por Serra, quando governador, para investigar os “discretos roteiros sentimentais” do governador de Minas, Aécio Neves, no Rio de Janeiro. De posse do dossiê, Serra teria tentado chantagear Aécio para que o governador mineiro não disputasse com ele a legenda do PSDB para a Presidência da República. O agente Jardim, segundo apurou Amaury, fez o trabalho de campo contra Aécio. (Fontes: O agente da Cisa Idalísio dos Santos, o Dadá, conseguiu informações sobre o núcleo de arapongagem de Serra e teve a informação confirmada por outros agentes. Para a “arapongagem” contra Aécio, o próprio Palácio da Liberdade).

2. O acordo entre Serra e Aécio (págs. 25 a 28) – Por conta própria, Ribeiro Jr., ainda no “Estado de Minas” e sem que sua apuração sobre a arapongagem de Serra tivesse sido publicada, retomou pauta iniciada quando ainda trabalhava no “Globo”, sobre as privatizações feitas no governo FHC. Encontrou a primeira transação do ex-tesoureiro de campanha de FHC e Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira: a empresa offshore Andover, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, que injetava dinheiro de fora para outra empresa sua, em São Paulo, a Westchester. (Fontes: cartórios de títulos e documentos e Juntas Comerciais de São Paulo e do Rio).

Nos mesmos papéis, encontrou outro personagem que usava a mesma metodologia de Oliveira: o genro de Serra, Alexandre Bourgeois, casado com Verônica Serra. Logo após as privatizações das teles, Bourgeois abriu duas off-shores no mesmo paraíso fiscal – a Vex Capital e a Iconexa Inc, que operavam no mesmo escritório utilizado pelo ex-tesoureiro, o do Citco Building. (Fonte: 3° Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo).

Amaury ligou para assessoria de Serra no governo do Estado e se deu mal: as informações, das quais queria a versão do governador, serviram para que o tucano paulista ligasse para Aécio e ambos aparassem as arestas. O Estado de Minas não publicou o material.

3. Ricardo Sérgio de Oliveira, Carlos Jereissati e a privatização das teles - O primeiro indício de que a privatização das teles encheu os cofres de tucanos apareceu no relatório sobre as movimentações financeiras do ex-caixa de campanha Ricardo Sérgio de Oliveira que transitou pela CPMI do Banestado. A operação comprova que Oliveira recebeu propina do empresário Carlos Jereissati, que adquiriu em leilão a Tele Norte Leste e passou a operar a telefonia de 16 Estados. A offshore Infinity Trading (de Jereissati) depositou US$ 410 mil em favor da Fanton Interprises (de Ricardo Sérgio) no MTB Bank, de Nova York.

Comprovação do vínculo da Infinity Trading com Jereissati: Relatório 369 da Secretaria de Acompanhamento Econômico; documentos da CPMI do Banestado.

Comprovação do vínculo de Oliveira com a Franton: declaração do próprio Oliveira, à Receita Federal, de uma doação à Franton, em 2008.

4. Quando foi para a diretoria Internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio tinha duas empresas, a Planefin e a RCM. Passou a administração de ambas para a esposa, a desenhista Elizabeth, para assumir o cargo público. Em 1998, a RCM juntou-se à Ricci Engenharia (do seu sócio José Stefanes Ferreira Gringo), para construir apartamentos. Duas torres foram compradas pela Previ (gerida pelo seu amigo João Bosto Madeira da Costa) ainda na maquete. A Planefin entrou no negócio de Intenet recebeu líquido, por apenas um serviço, R$ 1,8 milhão do grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, aquele cujo consórcio, a Telemar, comprou a Tele Norte Leste (com a ajuda de Ricardo Sérgio, que forneceu aval do BB e dinheiro da Previ à Telemar).

5. Em julho de 1999, a Planefim comprou, por R$ 11 milhões, metade de um prédio de 13 andares no Rio, e outra metade de outro edifício em Belo Horizonte. As duas outras metades foram compradas pela Consultatum, do seu sócio Ronaldo de Souza, que morreu no ano passado. Quem vendeu o patrimônio foi a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, reduto tucano. O dinheiro para pagar a metade de Ricardo Sérgio nos imóveis veio da Citco Building, nas Ilhas Virgens Briânicas, a mesma “conta-ônibus” de doleiros que viria a lavar dinheiro sul-americano sujo, de várias procedências.

Amanhã, a Carta Maior contará o que o livro de Amaury Ribeiro Jr. revela das operações feitas pela filha e genro de Serra, Verônica e Alexandre Bourgeois, e pelo primo Gregório Marín Preciato.

Disponível em:http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/um-sucesso-de-vendas-cercado-por-um-muro-de-silencio.html. Acesso em:14/12/2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O assassinato do amigo Marcelino Chiarello

Ainda profundamente abalado com a morte do vereador e professor Marcelino, estamos tentando retomar o curso da vida, mas com reflexão crítica a respeito de nossa sociedade (era isso que o Marcelino fazia nas aulas de Filosofia)
Acompanhando parte da cobertura da mídia, creio que esta merece um destaque negativo. No Jornal Diário do Iguaçu, coluna do Perroni, usando a expressão “Do leitor”, o diretor administrativo deste jornal, Ronaldo Roratto, associa a vinda do advogado Luiz Eduardo Greenhalg a não solução do caso de Santo André (claro, parte da grande mídia queria que o culpado fosse o Zé Dirceu) Além da falta de sensibilidade com família e amigos, qual a intenção de desviar o foco jornalístico? Na Rádio Chapecó, sábado pela manhã (03/11/11), o apresentador Plínio Ritter criticou o Zé Dirceu (o chamou de mensaleiro e outras coisas), porque supostamente este teria dito que Chapecó é terra de coroneis, e que este caso (o do Marcelino) foi o único da cidade (deste gênero). Além de jornalismo tão seletivo (escolheu o Zé Dirceu para atingir o PT, a repercussão negativa para a cidade está no Diário do Grande ABC, Portal Terra, Veja On Line, etc.), tem que refrescar a memória, sr. apresentador, além da escalada da violência comum, teve o caso do tiro ao vereador Dino do PMDB, a morte (por suicídio, versão não aceita pela família) do vereador Marcos Bocchi, a tentativa de cassação do Fritsch, no primeiro ano de governo, numa clara prova, que setores da “direitona” não querem largar o osso, e ainda tem o caso de 1950, com o linchamento dos presos (na sequência alguns apontamentos) E ainda “cultuamos” o Coronel Ernesto Francisco Bertaso, que ao que consta comprou a patente de Coronel (ele não era militar, mas era o chefe moral da cidade). E o caso de Róbson Gonçalves, foi mesmo acidente?
Sobre coronelismo, tem que conhecer a história da cidade, sr. apresentador. A primeira sede da comarca, a partir de 1917, foi o Passo Bormann, logo após Xanxerê, e até 1931, a sede da comarca ficava na disputa entre estas duas vilas, no “lombo do burro” como diziam os moradores, e com claras provas de mandonismo (expressão branda para coronelismo). Em 1931, a sede da comarca veio para Passo dos Índios (atual Chapecó) porque aqui ficava a sede da Empresa Colonizadora Bertaso, do Coronel Ernesto Francisco Bertaso (esse é o nome da praça, sr. apresentador, e o colégio do Bairro São Cristóvão)
E aí vem o caso de 1950. A leitura do livro O linchamento que muitos querem esquecer, da professora Mônica Haas, é emblemática. Detalhe, ao escrevê-lo, Mônica recebeu ameaças (“algumas veladas, outras nem tanto”, segunda a própria). Duas pessoas incendiaram a igreja (possivelmente para roubar) e mais duas foram incriminadas injustamente (segundo inúmeras evidências). Mas na época, a “direitona” (coincidentemente era o PSD, o partido dos Bertaso) havia perdido as eleições municipais para uma aliança getulista (UDN e PTB) e os irmãos Lima (os que injustamente foram acusados de incendiários) eram ligados ao PTB. E algumas pessoas influentes articularam a invasão a cadeia, e promoveram o linchamento, com repercussão negativa de Chapecó para o mundo todo. Por dois anos, a empresa Bertaso teve um refluxo nas vendas de terras, e a cidade passou a se rearticular apenas com criação do Frigorífico Chapecó, na mesma década.
Eu sei que alguns que lerem isso vão dizer, “o Cesar é maluco” e coisas do gênero. Mas não podemos pensar na história apenas pela ótica positivista, da tradição, família e propriedade.
Sobre o caso em questão. A morte do Marcelino não pode significar o fim das investigações de desvio de dinheiro do Fundo Social (tem que investigar no Estado todo). Não pode significar também o refluxo da luta do magistério estadual, nem do funcionalismo municipal, nem dos trabalhadores do transporte coletivo, da agricultura familiar, etc. E aqui em Chapecó, acho no mínimo imoral alguns contratos da Prefeitura Municipal (com a Koop, Nutriplus, Prosul, por exemplo).
E outro destaque negativo: as manifestações do ex-prefeito João Rodrigues, na sexta-feira (02/11/11). Há muito tempo venho dizendo que ele não teve uma boa educação (num embate com o vereador Marcelino, o Chiarello disse que se o João Rodrigues tivesse sido seu aluno, ele teria aprendido um pouco de educação). O interessante que só foi o ex-prefeito se manifestar para provocar a contra-reação petista no sábado (03/11/11). É um cidadão que não tem a polidez necessária para um cargo público, pois destila o ódio, fomenta a divisão política da cidade.
Cobramos agilidade nas investigações. Agilidade e serenidade. A cidade não precisa de alguém que estimule a violência, exatamente pelo contrário. Até para recuperar uma boa imagem para Chapecó. Sem revanchismo. Tentando superar a perda do companheiro e amigo. E da imprensa, cobra-se decência e imparcialidade, esta última se possível. Até porque a imagem de Chapecó para fora ficou ruim; para recuperar a imagem é necessário se chegar aos culpados logo.


Cesar Capitanio, professor de Geografia

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Última aula de Marcelino Chiarello

Fonte:Sirli Freitas, Agência RBS



Mais informações:http://wp.clicrbs.com.br/chapeco/2011/12/01/ultimos-passos-do-vereador-marcelino-chiarello/?topo=77,2,18